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Transição para uma estratégia Pense Laranja em um cenário denominacional

Por Frank Bealer

Trabalhar com crianças e famílias em igrejas denominacionais pode criar desafios únicos. Muitas vezes eu ouço frases do tipo “Eu gostava muito de ir a igreja quando era criança” ou outras frases como “Isto é o que faz o programa de crianças da minha denominação, ser único e importante”. Assim como algumas tradições denominacionais são tão ricas e importantes, elas também podem nos impedir de fazer as mudanças necessárias para influenciar a vida dos jovens.

Quando nos deparamos para viver uma transição curricular ou para uma nova estratégia, que seja adotar uma Estratégia do Pense Laranja, o simples de fato de lançar uma nova visão e obter apoio, pode ser uma tarefa assustadora. Aqui estão algumas dicas que, espero, poder ajudar as pessoas em contextos denominacionais a entender o que está em jogo e o que deve mudar se quisermos transformar as tendências atuais.

Comece com as estatísticas

A nostalgia é uma reação comum e poderosa aos métodos denominacionais. Muitos de nossos pais podem ter imaginado criar seus filhos na mesma igreja e no mesmo programa em que cresceram. Mas hoje, não é a mesma igreja ou a mesma cultura em que foram criados, e é importante que encontremos um caminho para mostrar como as coisas mudaram. Podemos fazer isso começando com as estatísticas. Os jovens estão saindo de nossas igrejas aos montes. As estimativas mais modestas apontam que os jovens, variando de 50% a 60% deles, deixam a fé. A denominação em que eu ministro atualmente, estima-se uma perda de 70 a 80 por cento! Portanto, é fundamental que comuniquemos a crise que existe atualmente entre os jovens e a fé. A melhor maneira de fazer isso é mostrar os fatos. Os números, quando apresentados, fornecem um lembrete de que há uma crise acontecendo, e o que temos feito em nossas denominações não tem funcionado para trazer nossos filhos para uma vida de fé.

Faça as estatísticas reais.

Enquanto queremos começar com os números, é importante colocar nomes e faces nesses números também. Podemos aproveitar as famílias em nossas comunidades, compartilhando histórias ou apontando que nenhum avô quer que metade de seus netos se afaste da fé. Algo deve ser feito. Eles são mais do que apenas estatísticas, são nomes, rostos e relações familiares que estão em jogo. É importante para todos. Isso também nos dá uma oportunidade para apontar as várias razões pelas quais os jovens se afastam da igreja. Raramente é por causa de desacordo com lições ou doutrinas. Na maioria das vezes, é um relacionamento (ou a falta dele) que estava no centro de tudo.

Como os estudos indicam que um adolescente com dois ou mais relacionamentos adultos (não pagos, não familiares) saudáveis na igreja tem maior probabilidade de continuar a buscar a fé. Daí, talvez uma estratégia diferente possa ajudar. Talvez o caminho seja encontrar mais líderes e não focar tanto em mais lições.

Visão para um líder.

Se as estatísticas são comunicadas e os rostos foram colocados nos números, então é mais fácil para aqueles que são nostálgicos sobre os métodos denominacionais ver a necessidade de mudança. Lançar essa visão, no entanto, raramente produz melhor resultado em grandes grupos. Na verdade, na maioria das vezes, a abordagem mais eficaz é simplesmente recrutar um líder de cada vez. Quando tomamos nosso tempo recrutando líderes e lançando uma nova visão, modelamos a importância do método relacional que estamos promovendo. Mostramos que eles são valiosos como um líder em potencial, e eles podem mostrar esse valor para outros líderes, para as crianças ou adolescentes que estarão liderando.

Ainda há muitas maneiras de incorporar tradições ou doutrinas denominacionais únicas dentro da estrutura da Estratégia e dos currículos do Pense Laranja. Um pequeno líder de grupo pode encontrar tempo para passar valores únicos antes de uma celebração de batismo. Uma tradição que é importante para a sua comunidade pode ser incluída com um elemento que a torne mais relacional, ou de uma maneira que conecte líderes de pequenos grupos e pais.

No final, a mudança nunca é rápida e fácil. Mas quando comunicamos o que está em jogo com estatísticas e histórias, e quando lançamos a visão de algo melhor para um líder de cada vez, podemos sim, encontrar maneiras de promover uma nova estratégia em prol de nossos filhos, e ainda encaixarmos qualidades que tornam nossas denominações únicas.

Originalmente publicado em inglês em  http://orangeblogs.org/orangeleaders/2019/05/22/transitioning-to-an-orange-strategy-in-a-denominatio.