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Ajudando Voluntários a Passar pela Mudança

Era hora de mudar, era hora de alterar o serviço de sábado às 16h00 para as 17h00. Passamos meses pesquisando os melhores horários de atendimento, pedindo informações às famílias e discutindo a mudança com as partes interessadas. (Eu não sabia que os horários de serviço tinham partes interessadas.) Quando chegou o dia da mudança, no entanto, choro e reclamações foram ouvidos por quilômetros de distância. Por mais de um ano, cartas anônimas foram colocadas no local de oferta, implorando, ameaçando, exigindo o retorno do serviço de sábado às 4 da tarde. Como poderia um simples turno de 60 minutos causar tanto alvoroço?

Se você está na liderança há muito tempo, tenho certeza de que tem suas próprias cicatrizes de uma mudança que você liderou. Talvez você tenha alterado uma política, pintado uma parede ou retirado um programa. Por que a mudança causa tamanha angústia? Ou as pessoas são más ou a mudança é difícil. Embora certamente existam pessoas más, acho que a razão subjacente para a resistência é que passar por uma mudança é difícil.

Portanto, a escolha é evitar mudanças sempre que possível ou aprender formas eficientes de conduzi-las. Embora uma mudança sempre cause angústia para algumas pessoas, acho que há passos que podemos seguir para, efetivamente, conduzi-la de maneira saudável, com o mínimo de revolta possível.

Passo Um: Identifique a cultura 

É importante entender como a cultura de sua igreja responde às mudanças em geral. Algumas culturas gostam de mudar. Se eles não tiverem uma grande mudança em algumas semanas, eles começam a procurar algo para alterar.

Do outro lado do espectro está a cultura avessa à mudança, onde a tradição é importante, o “novo” é suspeito e o status quo é reverenciado.

Aqui está um teste simples para saber se sua cultura gosta ou é avessa à mudança. O que seria necessário para mudar a cor de uma parede no berçário?

Avessa à mudança: uma reunião de comissão, um voto congregacional e um milagre.

Gosta de mudar: um balde e um pincel.

Passo Dois: Entenda os líderes 

Para liderar uma mudança de forma eficaz, é essencial entender como outros líderes processam as mudanças. Os extremos opostos do espectro são representados por dois homens pelos quais tenho muito respeito: Harold e Rick.

Harold é meu sogro e é avesso às mudanças. Ele tinha um buraco na parte de trás de várias calças, porque sua cadeira no trabalho tinha uma mola solta e ele escolheu continuar sentando nela, mesmo com a mola, ao invés de trocar de cadeira. Rick é um pastor com o qual trabalhei uma vez, e é um visionário incrível que ama a mudança. Seu lema é: “se Deus me der uma visão hoje, por que eu esperaria até amanhã para agir?”.

Quando você está trabalhando com uma equipe, é importante identificar os “Harolds” e os “Ricks” em seu time. Com os Harolds, você precisa dispender muito tempo explicando a mudança, enquanto os Ricks estão mais interessados ​​no resultado potencial.

Passo Três: Convoque a equipe 

Um dos princípios que me norteiam é algo que aprendi em um curso de administração na Dale Carnegie, há alguns anos: “As pessoas apoiarão um mundo que ajudaram a criar”. Poucas pessoas gostam de mudanças que são impostas, mas a maioria apoiará as mudanças que elas ajudaram a construir.

Passo Quatro: Espalhe a notícia 

Todo mundo gosta de estar no caminho certo, por isso é importante “espalhar” a mudança iminente para as pessoas mais afetadas antes de fazer um grande anúncio. Muitas vezes, a resistência à mudança é, na verdade, aversão à surpresa. O tempo gasto conversando pessoalmente com cada um para compartilhar a razão por trás da mudança e expor a visão para o futuro valerá a pena no longo prazo.

Passo Cinco: Lance a visão 

Quando é hora de compartilhar a mudança com o grande grupo, comece sempre com o “por que” por trás dessa mudança.

  • Por que não podemos continuar fazendo isso da maneira que sempre fizemos.
  • Embora o status quo seja confortável, por que não podemos ficar onde estamos.
  • Por que a mudança, mesmo sendo desafiadora, valerá a pena no final.

É fácil ignorar o “Por que” e ir direto para “O Que”, mas as pessoas precisam entender o ímpeto por trás da mudança para entrarem na nova realidade.

Passo Seis: Permaneça nesse caminho 

Muitas vezes, o impacto imediato das mudanças significativas é de piorar as coisas. A taxa de comparecimento cai, o engajamento também e as reclamações disparam. A reação natural é correr e voltar atrás, para a segurança da forma como costumávamos fazer as coisas, mas isso é um erro. Assim como Moisés se recusou a voltar ao Egito, como líderes, temos que resistir ao clamor e dar uma chance à mudança.

Embora administrar mudanças seja um desafio, é também um fator essencial. Auxiliar as pessoas a navegarem pela mudança de maneira saudável ajuda-as a crescer como indivíduos, fortalece a organização e aumenta nossa própria eficiência como líderes.

Este post foi originalmente escrito em inglês por Geoff Surratt | 9  de maio de 2018 e traduzido e adaptado para o português por Equipe Pense Laranja.